sábado, 28 de abril de 2012

Dançando com o inimigo ou seria uma tremenda saia justa???

Recentemente, fiz uma nova amizade. Uma amiga nova, divertida, inteligente, decidida e até eu adiciona-lá no facebook, fui descobrir que era descendente de árabes. Nada contra, no Brasil, temos muitos descendentes de árabes, principalmente libaneses. Como o Ibope levantou uma vez, tem mais descendentes de libaneses no Brasil, do que de libaneses no Líbano.

Mas vi que ela defende muito o ponto de vista árabe, reclamando de tudo o que é Israelense. E eu na saia justa, já que tenho bons amigos judeus e estudei com alguns. Fora que sou apaixonado pelas estratégias militares que Israel já usou para se defender.

Mas vamos aos fatos históricos.
Com o fim da segunda guerra e o mundo ficando chocado com o genocídio e as atrocidades nazistas, resolveram criar um estado judeu e um palestino nas antigas terras judaicas. O estado palestino, porque os palestinos estavam morando lá. E um estado judaico, para que os judeus tivessem novamente uma nação sua e nada mais simbólico do que criar uma nação onde antes havia a nação judaica.
No dia da fundação de Israel, as nações árabes atacaram o novo estado. No fim da guerra, Israel venceu e anexou os territórios do que seria a nação palestina, criando um povo sem pátria (como um dia eles foram). Devido as constantes guerras e ameaças de extermínio (que alguns governantes ainda hoje ameaçam Israel) a nação desenvolveu uma força militar (apoiada pelos EUA) para fazer frente a qualquer ameaça, incluindo arte marcial (krav magá: basicamente uma arte marcial com foco em neutralizar e matar oponentes rapidamente, principalmente considerando que podem ser homens bomba). Sua rede de espionagem (mossad) é considerada até hoje lendárias, seja por suas façanhas como por micos (esquecer passaportes em cabine telefônica... realmente alguns agentes precisam de um treinamento mais intensivo) mas ações dignas de lenda, como a caçada ao grupo terrorista setembro negro (que matou atletas judeus em uma olimpíada) uma missão ousada e que chocou o mundo (qualquer associação ou contato, mesmo por outros grupos terroristas já era motivo para todos os envolvidos serem mortos). Até as outras nações pressionarem para o fim desta caçada... foi muito sangue derramado. E como dizem os boatos, tanto a CIA quanto a antiga KGB, sabem que possuem agentes duplos do Mossad em suas fileiras, mas não sabem quem são, ainda é uma agência de espionagem respeitável.
E com este medo israelense de perderem novamente sua nação, acabou criando um impasse quanto aos árabes que já viviam na região. Sem nação e com direitos restritos. O que acaba levando a diversos atentados e recentemente a criação unilateral do estado Palestino (não reconhecido por algumas nações).
Bem ou mal, os palestinos agora sofrem o que os judeus sofreram no passado, com preconceito e sem lugar para ir. 

Realmente cada lado tem seu ponto de vista e direitos e sou a favor de uma nação palestina e da continuidade de Israel. E olha que nem entrei no ponto de vista religioso.

Agora fico naquela saia justa, entre amigos judeus de um lado e uma nova amiga árabe do outro. Mas só o tempo e diálogo para entrar em um acordo e cada um entender seu ponto de vista (assim espero).





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