quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Funcionário Público

Sim, eu sou funcionário público com muito orgulho.
Mas vou te dizer que tem funcionário público, mesmo dentro da empresa que eu trabalho que por mim, são acomodados e preguiçosos, só fazendo corpo mole.
Gosto do meu trabalho, gosto do que faço e da oportunidade que a empresa permite de ajudar os outros. Lembro de ter aprendido com um antigo chefe meu, que dizia, trate o cliente como você gostaria de ser tratado.
Mas no que eu vejo com alguns colegas mais antigos, que tem aquele conceito que a empresa tem que carregá-los. Pessoas sem ambição de crescer dentro da empresa, querendo tudo o que é fácil e que venha de mão beijada. Sem falar que reclama de tudo... de que o hotel é ruim (meu não é você que está pagando o hotel), reclamando do serviço (foi você que se ofereceu para fazer o serviço) isso quando não fala que não sabe mexer em computador (está fazendo o que aqui na empresa???). Isso quando o infeliz não faz o serviço errado (como assim, você está aqui a quase um mês e não sabe que tem que pegar a assinatura do gerente???)
Já escutei absurdos do tipo... a empresa tem que pagar as horas que levamos do hotel até o trabalho (em que empresa do mundo faz isso??? Quer ganhar horas extras sem fazer nada... bando de vagabundos).
E o pior é quando você fala a verdade para alguns deles... e acham que você é o anormal e que está errado. Rir para não chorar. Sorte que a maioria são velhos e logo se aposentam e somem da empresa (nada contra idade, afinal todos envelhecemos e não sou nenhum rapaz novinho, mas tem algumas pessoas com mentalidade do século passado, como um senhor que acha que faz um favor a sua empregada, por fazer-lá limpar a casa usando uniforme de maid e que assim ela não suja a própria roupa).

Realmente eu adoro o meu emprego e dou um gás no meu serviço, fazendo sempre o melhor, mas tem gente que se acomodou tanto que acha que tem um rei na barriga. Sorte que é empresa pública, senão eu mesmo teria o prazer de jogar estes infelizes na rua.

Vou dizer uma coisa, tem funcionário e funcionário, mas não imaginava que tinha tanto vagabundo na empresa que eu trabalho.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

OCB "Flores de Sangue"




Gabriel Collins é um detetive policial da cidade de Hagard que possui habilidades mágicas e as usa no cumprimento de seu dever, combatendo o crime nas ruas.
Com a ajuda de sua irmã, Ashley Collins, eles descobrem uma organização criminosa que comercializa uma estranha droga chamada “egonil”. Tal substância aparentemente induz pessoas comuns a fazerem uso de magia, tornando-as perigosas e letais. Isso fica ainda mais evidente ao enfrentarem o responsável pelo transporte da droga, um assassino chamado Klaus, dono de mortíferos poderes sombrios.

Eles são descobertos por uma agência policial secreta chamada VELVET, especializada em combater crimes cometidos mediante o uso de magia. Através dessa agência, eles descobrem não apenas que esse tipo de crime é mais comum do que se imagina, como também que a tal organização criminosa é apenas a ponta do iceberg, pois existem investidores poderosos que financiam o comércio da misteriosa droga.


O livro de estréia do autor Jeffrey Haiduk engana pela simplicidade do trabalho gráfico e surpreende com a magia do mundo de Velouria. O primeiro volume da OCB Saga nos introduz à um mundo que pode ser considerado normal, se não fosse pela sagacidade do autor em mesclar a fantasia com a temática encontrada em desenhos japoneses. O resultado: uma história cheia de ação e aventura, com personagens cativantes e carismáticos.

A história de Gabriel Collins e seus poderes mágicos, conta com a ajuda da sua irmã, Ashley Collins, e de outros personagens para solucionar casos por Hagad. Logo no início conhecemos outros personagens que trabalham e convivem com Gabe e o seu lado mágico, utilizando o seu poderio para beneficiar nas investigações. De todos os personagens que vamos conhecendo, arrisco a dizer que Lillie e Klaus se tornam os dois pontos importantes até o final do livro, por mais que outros personagens, vítimas, assassinos e até mesmo outras facções apareçam.

Os personagens, de Jeffrey Haiduk, são baseados em pessoas que possuem algum tipo de relação pessoal com o autor, fazendo com que todos eles possuam características bem definidas. Por mais que tenhamos cyborgs, animais e humanos, transmorfos, além de outras excentricidades do universo de Velouria, temos personagens bem construídos e funcionam como destaque de toda história que se desenvolve pelas mais de 400 páginas.

Com o surgimento da droga Egonil, que não deve ser muito explicada para não estragarmos algumas surpresas sobre o que ela é capaz de causar, surge a agência VELVET para controlar o uso da magia induzida pela droga e que vem favorecendo as atrocidades e acontecimentos sombrios por Hagard. Não conseguimos o certo ou o errado ao redor da droga, mas somos capazes de colecionar acontecimentos misteriosos envolvendo uma grande personagem e chave fundamental para o final da história.

Durante a minha leitura pude separar o livro em dois momentos: num primeiro momento temos a presença mais ativa de Lillie, o que tornou a narrativa mais didática para a apresentação e introdução ao universo criado pelo autor; já num segundo momento temos o papel ativo de Sho como resultante da parte mais “aventuresca” do livro, o que nos leva ao lado mais misterioso de toda a trama. Toda a ação dos combates, com armas e magias, com seus respectivos nomes e características, surgem como resgate da cultura retirada dos animes e mangás, porém não são gratuitas ou descartáveis.

“Flores de Sangue” se mostrou um ótimo livro ao ter cada embate bem descrito, seja pelas ações dos heróis e inimigos ou até mesmo pela reação dos que sofrem e caem aos seus pés; conseguimos vislumbrar cada ataque e defesa desferido, cada sangue espirrado, além dos detalhes de um cenário que co-existe com a luta e não somente como um pano de fundo.

Acompanhado de muitas ilustrações durante o livro, traduzindo certas passagens da história, durante a minha leitura eu conseguia ver a OCB Saga sendo transposta para uma graphic novel, com os seus muitos diálogos, que algumas horas prendem sua atenção tempo além do necessário, porém capaz de preencher quadrinhos e mais quadrinhos com o melhor que o livro tem.

Além dos personagens que constroem a trama principal e nos cativa a cada página, a ação do livro te segura e pede pela próxima página, fazendo com que o livro seja lido rápido e facilmente. Comece com a estranheza de acompanhar a vida de Gabe, passando pelo misterioso e excêntrico Klaus, para depois se unir à VELVET e se surpreender com o final. Este que serve só como porta de entrada para a OCB Saga e que pretende ser mais intrigante a cada volume, com uma vilã que beira o clichê, mas já mostrou que tem muito para surpreender a todos nós.



PS.: E sim, eu faço parte do OCB, além do autor ser um velho amigo. É claro que vou dá uma ajudinha para divulgar o livro. E quanto ao meu personagem, só procurar Abadom Al-Saqr Al-Sunnah.