domingo, 17 de abril de 2011

Nadando entre tubarões e peixinhos


Bem, como este foi um post que publiquei no Blog Fiz 25 e achei que era adequado colocar aqui também... então vamos ao post. Ah sim, esta frase, eu peguei de um livro de RPG, sobre terror pessoal. Futuramente penso em escrever aqui, também sobre RPG.

É comum encontrarmos no nosso meio de trabalho (não precisa nem ser concorrente, basta olhar alguns colegas do lado) e percebemos que ou nadamos com os tubarões ou seremos devorados juntos com os outros peixinhos. Sim, a vida é dura, mas vou citar algumas situações que eu vivi e que pude ver que ou você passa a lutar ou será apenas uma peça no sistema e ração para os tubarões que estão do seu lado. E não estou falando dos chefes, mas de colegas do mesmo nível a subalternos. Trabalhando em uma agência bancária, atendendo clientes todo dia, alguns já eram da casa e apareciam uma vez por semana, para resolver assunto. Consegui convencer um cliente da necessidade de fazer um seguro de vida (afinal tinha que bater meta de vendas e também ganhava comissão). Enquanto ele estava sentado esperando ser atendido, eu terminava de resolver um problema com outro cliente (que normalmente eu não atendia), quando um colega brilhante ao ir conversar com ele e descobrir que era para fazer seguro, vai lá e tira o meu cliente e fecha o seguro com o nome dele como vendedor.

Outro exemplo... foi feriado de natal e ano novo, que caia em uma quinta e tirando eu e um outro colega, todo mundo emendou um ou outro. Depois em Janeiro, resolvi pegar dois dias de folga (já que eu tinha dias para tirar). Só ouvir reclamação de que não era justo, que meu serviço ia sobrar para os outros. Agora quando pediram para eu substituir e fazer o serviço deles, enquanto eles emendavam o feriado, tudo bem, isso podia, mas minha folga, que eu já tinha acertado fazer, agora não pode!!! Ahhh primeira coisa que fiz, quando me chamaram para ir de voluntários da empresa, para ajudar em Santa Catarina, foi passar minhas coisas para os outros e arrumar as malas. E quando perguntaram se eu queria voltar para São Paulo, fui prolongando até o limite. Depois cuidei da minha transferência para escritório, não estava a afim de resolver problema de colegas tubarões. Deixei mais de um mês o meu serviço nas mãos dos outros e quando voltei, só foi para pegar as coisas na minha mesa.

Mas a vida não é um mar de rosa e sempre encontramos tubarões que tentam se aproveitar da situação e do seu trabalho. Lembro de uma vez no escritório, todo mundo trabalhando, mas um dos funcionários se destacava. E por isso, foi promovido. Mas quando descobrimos que ele ficava até mais tarde e no fim do dia, pegava parte do que os outros funcionários faziam e registrava como se tive-se sido trabalho dele... aaahhh tanta gente que queria o pescoço dele.

E vocês? Já passaram por algo assim? Se está tudo um mar de rosa, parabéns aos outros (tipo chefe). Se deu algum problema, você é o culpado. Ou algum colega tentado puxar o seu tapete e ganhar os méritos.


Conheço muita gente que não aguenta este tipo de pressão dos tubarões. Eu mesmo, já pedi demissão de dois empregos, porque não aguentei (e um era emprego público). Vi que não me adaptava, então fui procurar outro emprego. Arriscado??? Sim. Podia ter quebrado a cara?? Também. Mas preferi me arriscar e fazer o que eu gosto do que ficar parado e não lutar por algo que eu queria. Não tem coisa melhor do que trabalhar naquilo que se gosta.

P.S.: Nadar entre tubarões não quer dizer que tem que ser cruel e trapaceiro, mas tem que ficar esperto, para não se enganado e não cometer os erros que os peixinhos cometem e são devorados.


P.S.2: Um dos empregos era no Banco do Brasil (foi uma briga lá em casa, quando eu pedi demissão). O outro emprego fiquei só duas semanas em uma fábrica. Depois destes dois empregos, os que eu trabalhei em seguida foram os melhores empregos da minha vida (sendo que estou em um deles até hoje). Mas aprendi na marra a nadar com tubarões.

Nenhum comentário:

Postar um comentário