sexta-feira, 25 de março de 2011

Inglês, o novo latim???


veja onde o idioma Inglês é falado - em azul escuro países onde é a primeira língua, azul claro onde é considerado segunda língua

Aproximadamente 341 milhões de pessoas falam Inglês como sua língua nativa e mais 267 milhões de pessoas falam o Inglês como segunda língua em mais de 104 países, incluindo o Reino Unido, Irlanda, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Samoa, Andorra, Antígua e Barbuda, Aruba, Bahamas, Barbados, Belize, Bermuda, Botswana, Ilhas Virgens, Brunei, Camarões, Ilhas Caimãs, Dinamarca, entre outros.

Mas como surgiu este idioma, sua expansão e influência de hoje em dia???

Bem, vamos falar um pouco de História... o começo nas ilhas britânicas.

No passado distante, as ilhas eram habitadas por povos conhecidos pelos romanos como pictos e escotos. Mas com as invasões celtas, foram sendo isolados e formando reinos independentes. Até a chegada do Império Romano, que fundou diversas cidades e trouxe grande influência do latim, grande parte das ilhas britânicas eram povoadas por povos celtas conhecidos como bretões (por ironia do destino, hoje os bretões vivem na região francesa conhecida como Bretanha... futuramente vejo de abordar os idiomas celtas). Com o império romano, o latim começou a ter forte influência na cultura celta-bretã. Atualmente, tudo o que restou da língua latina são os nomes de alguns lugares, tais como: Chester, Manchester e Winchester, que vieram da palavra “castra”, significando acampamento militar.


Após a partida dos romanos, vieram os ferozes germânicos, chamados anglo-saxões, inicialmente destinos à defesa dos celtas. Todavia, agiram de forma oportunista, tornando-se invasores, destruindo vilas e massacrando a população local. São os dialetos germânicos falados pelos anglo-saxões que deram origem ao inglês. A palavra, England, por exemplo, veio da palavra Angle-land (terra dos anglos). Os anglo-saxões, apesar de serem um povo guerreiro, tinham uma cultura própria muito refinada e expressiva. Eles gostavam de jogos de palavras, insinuações e a prática de dizer as coisas sem dizê-las, característica muito presente no uso e na expressão do inglês moderno da Inglaterra.
Neta época do inglês antigo, era muito mais parecido com o idioma alemão de hoje, do que com o inglês moderno.



Os viking foram os próximos povos a invadirem e colonizarem as ilhas britânicas e com isso, trazendo grande influência ao idioma. Mas seu idioma ainda era muito parecido com o anglo-saxão. Nesta época, veio a influência do catolicismo, trazendo novamente a influência do latim. A vinda do cristianismo e sua propagação entre o povo, acabou associando a cultura celta e sua religião à bruxaria, diminuindo cada vez mais a influência (quando não extinguindo) dos idiomas celtas existentes.

Mas a grande influência, foi com a vinda dos normandos (vikings que formaram um ducado no norte da França) e que se tornaram os reis da Inglaterra. Esta época, podemos considerar como o inglês médio. Quando o povo falava inglês, a aristocracia francês e a igreja latim.
Essa verdadeira transfusão de cultura franco-normanda na nação anglo-saxônica, que durou três séculos, resultou principalmente, num aporte considerável de vocabulário – nada mais. Isso demonstra que, por mais forte que possa ser a influência de uma língua sobre outra, essa influência, normalmente, não vai além de um enriquecimento de vocabulário, dificilmente afetando a pronúncia ou estrutura gramatical.

O inglês moderno representou um período de padronização e unificação da língua inglesa. Com o surgimento da imprensa, em 1475 e a criação de um sistema postal possibilitou a disseminação do dialeto de Londres, o centro político, social e econômico da Inglaterra.
A transição do Inglês médio ao moderno foi marcada por uma rigorosa evolução fonética na pronúncia das vogais, o que ocorreu entre os séculos XV e XVI. No início deste período, a difusão da língua e a influência que recebeu são responsáveis por significativo crescimento do léxico. Entre os séculos XVII e XVIII ocorreram as mudanças gramaticais mais importantes. Mas o maior desenvolvimento e difusão aconteceu no século XIX, não sendo mais interrompidos desde então. No Inglês, entraram numerosos americanismos e africanismos como consequência da expansão colonial britânica.

O império que o Sol, jamais se põe, como era conhecido o império britânico, com colônias em quase todos os continentes (a Antártida não foi colonizada), levou o idioma a outros povos. Mesmo com a queda do império e independência de diversas colônias, sua influência é sentida até hoje, seja como idioma oficial ou secundária, visto que os reis e rainhas ingleses, são chefes de estados destas novas nações. A rainha inglesa atualmente é rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, bem como de Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Ilhas Salomão e Tuvalu.

E mesmo após a perda de parte da influência britânica, tivemos a influência de uma de suas ex-colônias. Os EUA, que após as duas grandes guerras, se tornou uma nação com influência global, cuja exportação de sua cultura (filmes, livros, música) contribuiu muito para a divulgação do idioma inglês.

E aqui começa alguns detalhes curiosos, tendo em vista que a pronúncia do inglês norte-americano, para o inglês britânico, tem fortes diferenças. Assim como o inglês australiano tem uma pronúncia diferente. Detalhes e sotaques que aos poucos vão evoluindo e se tornando regionais. Confesso que meu conhecimento em inglês se resume mais a leitura de livros de engenharia e de RPG, mas compreendo o que se fala. Um caso curioso que já passei com o idioma, foi no Chile, quando um norte-americano, estava tentando comprar algo e a vendedora não entendia (o idioma oficial do Chile é espanhol). Ajudei a vendedora e o turista norte-americano. Mas quando fui falar com um turista australiano... eu tive muita dificuldade para compreender o que ele estava falando. E uma sul-africana que me ajudou a entender o que ele estava falando.

Preciso melhorar o meu conhecimento em inglês. Sim, concordo. Hoje em dia, o inglês é a segunda língua mais falada no mundo, só perdendo para o mandarim (chinês). É uma língua para negócios e turismos. Mas como mostrei no exemplo acima, o fato de você estar em um país estrangeiro cujo idioma não é o inglês, não quer dizer que os habitantes deste país, tenham que saber inglês. Em pontos turísticos, você pode até achar pessoas que falam inglês. Mas como um amigo que foi passar as férias na Suíça, ele disse que quase ninguém falava com ele em inglês, mesmo que fosse para pedir uma informação. Mas quando um turista que resolveu ajuda-lo, começou a falar em francês, as pessoas passaram a ser mais prestativas.

Esta relação de amor e ódio com o idioma inglês, varia de lugar para lugar. Sendo nações que valorizam sua cultura e idioma e que em algum momento da história, sofreram alguns abusos de seus colonizadores (ingleses) ou exploração (como o que a política norte-americana fez em várias nações), provocou o surgimento do anti-americanismo e uma rejeição pelo idioma inglês.

Claro que também tem algumas pessoas que por saberem inglês, abusam de termos e frases no idioma e acabam escrevendo via msn/fórum/e-mail texto em português, com algumas palavras em inglês. O que acaba mostrando um ar de esnobe, descaso e falta de respeito. E posso dizer que não é uma ou duas pessoas que conheço que fazem isso. Já vi isso com bem mais frequência do que imagina.

Mas reconheço que hoje em dia, o idioma inglês é necessário e fundamental. Tanto para carreira, como para quem pensa em viajar, estudar ou mesmo ler os manuais de aparelhos eletrônicos que vem em inglês.


fonte: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=537 - 07/03/2007
http://tradutoronline.ws/ingles - 25/03/2011
livro ein Streifzug durch die Sprachen der Erde.

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