sexta-feira, 25 de março de 2011

Inglês, o novo latim???


veja onde o idioma Inglês é falado - em azul escuro países onde é a primeira língua, azul claro onde é considerado segunda língua

Aproximadamente 341 milhões de pessoas falam Inglês como sua língua nativa e mais 267 milhões de pessoas falam o Inglês como segunda língua em mais de 104 países, incluindo o Reino Unido, Irlanda, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Samoa, Andorra, Antígua e Barbuda, Aruba, Bahamas, Barbados, Belize, Bermuda, Botswana, Ilhas Virgens, Brunei, Camarões, Ilhas Caimãs, Dinamarca, entre outros.

Mas como surgiu este idioma, sua expansão e influência de hoje em dia???

Bem, vamos falar um pouco de História... o começo nas ilhas britânicas.

No passado distante, as ilhas eram habitadas por povos conhecidos pelos romanos como pictos e escotos. Mas com as invasões celtas, foram sendo isolados e formando reinos independentes. Até a chegada do Império Romano, que fundou diversas cidades e trouxe grande influência do latim, grande parte das ilhas britânicas eram povoadas por povos celtas conhecidos como bretões (por ironia do destino, hoje os bretões vivem na região francesa conhecida como Bretanha... futuramente vejo de abordar os idiomas celtas). Com o império romano, o latim começou a ter forte influência na cultura celta-bretã. Atualmente, tudo o que restou da língua latina são os nomes de alguns lugares, tais como: Chester, Manchester e Winchester, que vieram da palavra “castra”, significando acampamento militar.


Após a partida dos romanos, vieram os ferozes germânicos, chamados anglo-saxões, inicialmente destinos à defesa dos celtas. Todavia, agiram de forma oportunista, tornando-se invasores, destruindo vilas e massacrando a população local. São os dialetos germânicos falados pelos anglo-saxões que deram origem ao inglês. A palavra, England, por exemplo, veio da palavra Angle-land (terra dos anglos). Os anglo-saxões, apesar de serem um povo guerreiro, tinham uma cultura própria muito refinada e expressiva. Eles gostavam de jogos de palavras, insinuações e a prática de dizer as coisas sem dizê-las, característica muito presente no uso e na expressão do inglês moderno da Inglaterra.
Neta época do inglês antigo, era muito mais parecido com o idioma alemão de hoje, do que com o inglês moderno.



Os viking foram os próximos povos a invadirem e colonizarem as ilhas britânicas e com isso, trazendo grande influência ao idioma. Mas seu idioma ainda era muito parecido com o anglo-saxão. Nesta época, veio a influência do catolicismo, trazendo novamente a influência do latim. A vinda do cristianismo e sua propagação entre o povo, acabou associando a cultura celta e sua religião à bruxaria, diminuindo cada vez mais a influência (quando não extinguindo) dos idiomas celtas existentes.

Mas a grande influência, foi com a vinda dos normandos (vikings que formaram um ducado no norte da França) e que se tornaram os reis da Inglaterra. Esta época, podemos considerar como o inglês médio. Quando o povo falava inglês, a aristocracia francês e a igreja latim.
Essa verdadeira transfusão de cultura franco-normanda na nação anglo-saxônica, que durou três séculos, resultou principalmente, num aporte considerável de vocabulário – nada mais. Isso demonstra que, por mais forte que possa ser a influência de uma língua sobre outra, essa influência, normalmente, não vai além de um enriquecimento de vocabulário, dificilmente afetando a pronúncia ou estrutura gramatical.

O inglês moderno representou um período de padronização e unificação da língua inglesa. Com o surgimento da imprensa, em 1475 e a criação de um sistema postal possibilitou a disseminação do dialeto de Londres, o centro político, social e econômico da Inglaterra.
A transição do Inglês médio ao moderno foi marcada por uma rigorosa evolução fonética na pronúncia das vogais, o que ocorreu entre os séculos XV e XVI. No início deste período, a difusão da língua e a influência que recebeu são responsáveis por significativo crescimento do léxico. Entre os séculos XVII e XVIII ocorreram as mudanças gramaticais mais importantes. Mas o maior desenvolvimento e difusão aconteceu no século XIX, não sendo mais interrompidos desde então. No Inglês, entraram numerosos americanismos e africanismos como consequência da expansão colonial britânica.

O império que o Sol, jamais se põe, como era conhecido o império britânico, com colônias em quase todos os continentes (a Antártida não foi colonizada), levou o idioma a outros povos. Mesmo com a queda do império e independência de diversas colônias, sua influência é sentida até hoje, seja como idioma oficial ou secundária, visto que os reis e rainhas ingleses, são chefes de estados destas novas nações. A rainha inglesa atualmente é rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, bem como de Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Ilhas Salomão e Tuvalu.

E mesmo após a perda de parte da influência britânica, tivemos a influência de uma de suas ex-colônias. Os EUA, que após as duas grandes guerras, se tornou uma nação com influência global, cuja exportação de sua cultura (filmes, livros, música) contribuiu muito para a divulgação do idioma inglês.

E aqui começa alguns detalhes curiosos, tendo em vista que a pronúncia do inglês norte-americano, para o inglês britânico, tem fortes diferenças. Assim como o inglês australiano tem uma pronúncia diferente. Detalhes e sotaques que aos poucos vão evoluindo e se tornando regionais. Confesso que meu conhecimento em inglês se resume mais a leitura de livros de engenharia e de RPG, mas compreendo o que se fala. Um caso curioso que já passei com o idioma, foi no Chile, quando um norte-americano, estava tentando comprar algo e a vendedora não entendia (o idioma oficial do Chile é espanhol). Ajudei a vendedora e o turista norte-americano. Mas quando fui falar com um turista australiano... eu tive muita dificuldade para compreender o que ele estava falando. E uma sul-africana que me ajudou a entender o que ele estava falando.

Preciso melhorar o meu conhecimento em inglês. Sim, concordo. Hoje em dia, o inglês é a segunda língua mais falada no mundo, só perdendo para o mandarim (chinês). É uma língua para negócios e turismos. Mas como mostrei no exemplo acima, o fato de você estar em um país estrangeiro cujo idioma não é o inglês, não quer dizer que os habitantes deste país, tenham que saber inglês. Em pontos turísticos, você pode até achar pessoas que falam inglês. Mas como um amigo que foi passar as férias na Suíça, ele disse que quase ninguém falava com ele em inglês, mesmo que fosse para pedir uma informação. Mas quando um turista que resolveu ajuda-lo, começou a falar em francês, as pessoas passaram a ser mais prestativas.

Esta relação de amor e ódio com o idioma inglês, varia de lugar para lugar. Sendo nações que valorizam sua cultura e idioma e que em algum momento da história, sofreram alguns abusos de seus colonizadores (ingleses) ou exploração (como o que a política norte-americana fez em várias nações), provocou o surgimento do anti-americanismo e uma rejeição pelo idioma inglês.

Claro que também tem algumas pessoas que por saberem inglês, abusam de termos e frases no idioma e acabam escrevendo via msn/fórum/e-mail texto em português, com algumas palavras em inglês. O que acaba mostrando um ar de esnobe, descaso e falta de respeito. E posso dizer que não é uma ou duas pessoas que conheço que fazem isso. Já vi isso com bem mais frequência do que imagina.

Mas reconheço que hoje em dia, o idioma inglês é necessário e fundamental. Tanto para carreira, como para quem pensa em viajar, estudar ou mesmo ler os manuais de aparelhos eletrônicos que vem em inglês.


fonte: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=537 - 07/03/2007
http://tradutoronline.ws/ingles - 25/03/2011
livro ein Streifzug durch die Sprachen der Erde.

terça-feira, 22 de março de 2011

Amélie Poulain

Vi este filme recentemente. E o que eu posso falar???
Adorei o filme. Aparentemente bobo e sem nada que chama-se atenção, o desenrolar do filme e as ações da Amélie. Suas reflexões, idéias, problemas e soluções que ela arruma, dão uma reviravolta que não tem como você não achar graça.
As vezes problemas simples... são resolvidos de forma curiosa e de um jeito que você nem esperava. E com isso, ela procura ir ajudando amigos, parentes e desconhecidos.

Destaque para quando ela decide fazer suas vinganças (e isso eu posso dizer que ela é muito mais criativa e divertida). Foram momentos de puro divertimento (sim o diabinho no meu ombro estava dando muitas risadas).
Mas um dos melhores momentos, é quando ela decide ajudar o pai. Até o fim do filme eu não tinha entendido o que ela estava fazendo. Foi quando entendi e lembrei da ligação com acontecimentos triviais do começo do filme. E o final do filme... previsível, mas ainda assim cativante.

Claro que não vou falar tudo aqui, assistam o filme que eu recomendo. Já está na minha lista de DVD ou blu-ray que pretendo comprar em breve.



sábado, 19 de março de 2011

Coisas que a Caixa não faz.


QUE TAL EXPLICARMOS DE UMA VEZ POR TODAS QUE NÃO FAZEMOS CERTAS COISAS NA CAIXA ECONOMICA FEDERAL:

Não, nós não agendamos o pagamento mensal do FGTS na sua conta do Bradesco

Não, nós não declaramos Imposto de Renda

Não, nós não aceitamos pagamento de conta com o seu Hipercard

Não, nós não sabemos quem ligou dizendo que você ganhou uma casa do SBT

Não, nós não damos entrada em aposentadoria

Não, nós não sabemos quando vai cair a restituição do IR se você informou uma conta do Itaú

Não, nós não temos nada a ver com a Nota Fiscal Paulista

Não, nós não fomos comprados pelo Banco do Brasil

Não, nós não desbloqueamos valores bloqueados por ordem judicial. E não ligamos pro juiz para saber quando eles serão liberados.

Não, nós não temos como pagar seu FGTS sem chave de identificação, mesmo que você não tenha o dinheiro da passagem

Não, nós não fazemos boletim de ocorrência se você perdeu os documentos

Não, nós não tiramos 2ª via do RG.

Não, nós não sabemos se vão chamar muita gente no próximo concurso

Não, nós não damos entrada no seguro desemprego

Não, nós não fazemos inscrição no Bolsa Família

Não, nós não recebemos depósitos de conta da Nossa Caixa

Não, nós não sabemos o horário de atendimento da Receita e nem do INSS

Não, nós não informamos o número de seu novo celular apesar da vendedora ter lhe dito que o número do pré-pago está na "caixa"

Não, nós não paramos para assistir aos jogos da Copa além das partidas do Brasil

Não, nós não enquadramos sua renda de R$8.000,00 no MCMV (Programa Federal para compra de casa, voltada ao público de baixa renda - Minha Casa, Minha Vida)

Não, nós não podemos deixar você levar a ficha autógrafo pro seu pai doente assinar

Não, nós não podemos usar sua carteirinha do clube de bocha no lugar do RG

Não, nós não sabemos porque a Receita te mandou uma carta alertando sobre pendências na sua declaração

Não, nós não chegamos às dez

Não, nós não vamos pra casa às quatro

Não, nós não sabemos quem é você e não interessa saber

Não, nós não temos fila preferencial dos preferenciais, com ordem de idade, por exemplo

Não, nós não temos um código de saque do FGTS para financiar festa de debutante

Não, nós não temos culpa se você está em horário de almoço

Não, nós não queremos saber se você gosta ou não do Lula

Não, nós não sabemos qual será o valor e a quantidade de parcelas do seguro desemprego que você vai receber

Não, nós não vamos ajudar os funcionários novos. Leia o normativo, carajo.

Não, nós não deixamos de almoçar só porque o setor está lotado

Não, nós não sabemos porque a Caixa não coloca mais gente pra atender

Não, nós não fazemos empréstimo usando o Bolsa Família como renda

Não, nós não vamos te pagar sem documento de identificação só porque você está vestida de freira

Não, nós não conseguimos pagar no dia 20 o FGTS previsto para pagamento no dia 21

Não, nós não sabemos porque o seu marido ainda não depositou a pensão

Não, nós não vamos dizer por telefone quais são as condições para financiar um imóvel

Não, nós não consultamos se a sua esposa que não veio tem alguma coisa pra receber

Não, nós não temos foto do Mateus Solano

Não, nós não damos 10 poupançudos porque você depositou mil reais, muito menos porque tem dez filhos

Não, nós não sabemos porque o cara do sindicato falou que você ia receber cinco mil e aqui tem só quinhentos

Não, nós não calculamos a sua multa rescisória

Não, nós não nos lembramos de você e nem do seu caso

Não, nós não pretendemos abrir aos sábados

Não, nós não vamos prorrogar o pagamento do abono

Não, nós não conversamos com seu chefe por telefone para explicar que é ele quem deve liberar o fgts

Não, nós não tiramos xerox

Não, nós não financiamos imóvel sem registro em cartório, mesmo que você diga que mora lá há vinte anos e que não tem risco de despejo

Não, nós não pagamos um cheque só porque a assinatura não confere

Não, nós não temos obrigação de saber quem comprou o Banestado

Não, nós não sabemos se você vai ter direito ao PIS no próximo calendário, mesmo que você traga os contra-cheques

Não, nós não nos responsabilizamos se o lotérico não quer pagar o acerto no jogo do bicho que você fez lá

Não, nós não sabemos onde está o funcionário que estava aqui agora

Não, nós não vamos sortear casas no Feirão

Não, nós não procuramos o imóvel pra você

Não, nós não liberamos cheque pra conta poupança

Não, nós não liberamos as quotas do pis se você casou

Não, nós não trocamos notas falsas que você pegou na padaria por verdadeiras

Não, nós não somos pagos pelos seus impostos

Não, nós não podemos mandar o segurança te acompanhar até o ponto

Não, nós não temos chinelos pra te emprestar se você veio com biqueira de aço


P.S.: Piadas aparte, mas são coisas que são rotinas em uma agência da Caixa e bem ou mal, já aconteceu mais de uma vez.

domingo, 13 de março de 2011

Fiz 25 - blog

Como propaganda é a alma do negócio, já faz um tempo que estou participando do blog http://fizvinteecinco.blogspot.com/

Um blog que a proprietária me convidou a participar para falar de como é a vida depois dos 25 anos. O blog é composto por:


Kéfhane Costa




Carioca de registro e mineira de coração. Mulher com um pouco de menina, amante da leitura, apaixonada pelas artes, desastrada, Murphyniana, um tanto alternativa e desorientada por natureza.


Após muito pensar, chegou a conclusão de que não tem vocação para relacionamentos e decidiu escrever sobre a piada que sua vida amorosa se tornou.
Nota: esta é a nossa chefinha... querida e adorada e uma amante da viagem e de conhecer novos lugares e pessoas.

Dayana



Atende por Daaý Brunetts, capricorniana, sonhadora, apaixonada pela vida, muito ansiosa, faz o máximo pra ter os amigos sempre perto. Adora uma risada, esta sempre despertando a menina que há dentro de si, gosta muito de ler, mas prefere ler somente o que lhe interessa.
Acredita no amor, tímida de natureza, aproveita como pode, esperando um dia alguém pra fazê-la feliz!
Nota: romântica incorrigível. Eternamente apaixonada.

Laís Eiras

Hiperativa é a palavra para descrevê-la. Jornalista, escritora, produtora e representante musical, colunista, designer e agora blogueira. Ufa!
Amante de música latina e apaixonada pela década de 80.Sabe contar uma história como ninguém, não poupa um detalhe sequer. Capaz de transformar qualquer "caso" em uma aventura repleta de emoção.
Nota: ainda não tive a oportunidade de conversar com ela, mas só pelos textos dela... é uma pessoa com uma boa experiência de vida e muita história para contar.

e EU




Eu... claro o dono deste blog e já faz algum tempo, contribuindo para o Fiz 25.

Mais conhecido como Youkai Sanseru. A voz masculina no pedaço (alguém tem que ser um pouco sério no grupo e o mau humorado). Depende da fase da lua, vai de mau humor extremo ao bom humor extraordinário. Normalmente fica no meio termo.

Alguém apaixonado por fotografia, que gosta de viajar, conhecer novos lugares e pessoas, cosplay nas horas vagas e que nunca desiste das batalhas para realizar seus sonhos e objetivos.
Este sou eu.

Agradeço a participação e acompanhe o Fiz 25 você também.




quinta-feira, 10 de março de 2011

2º chance



Tenho um primo, que é super gente fina, amigão para o que der e vier sempre disposto a ajudar, ouvir e companheiro de diversão. Mas sua vida pessoal (tanto familiar como profissional) até o momento foi um fracasso.

  • Perdeu o emprego dele que até hoje ele lamenta ter deixado de ser comissário;
  • Separou-se da esposa e paga pensão alimentícia e a ex-dele não facilita em nada a vida dele... basta ele atrasar uns dias, ela já aciona a polícia para prende-lo, enquanto quando ela atrasa a escolinha da criança, porquê gastou com a faculdade dela, com o carro novo e não sei mais o quê? Ele vai correndo pagar a escolinha, sendo que já deu o dinheiro para ela pagar e ela gastou em outra coisa. Mas colocar ela na justiça, para pegar a guarda da criança, usa sempre a desculpa de que não quer prejudicar seu filho;
  • Não conseguiu fazer faculdade, uma por que achava que como comissário, estava com a vida feita e não precisava se esforçar, outra por não gostar de estudar.

Não tem como ajudar quem não quer ser ajudado, por mais de seja dado conselhos a anos, seja dado bronca, apoio, exemplos... ele tem pulado de emprego em emprego, tentou montar sociedade com amigos, trabalhar como autônomo, fazer o que fosse possível, mas nunca com grandes resultados. Bastava ganhar um pouco mais e já gastava sem pensar no futuro. Gastava em coisas que não precisava e quando deixava de ganhar este pouquinho mais, voltava a estava zero.

Hoje ele está com uma nova namorada, ela ganha bem, tem faculdade e um padrão de vida que ele vê que não pode sustentar. Mas pela primeira vez em anos, ele está correndo para mudar. Motivado em fazer alguma coisa. Que ele cansou de quebrar a cara e agora tem realmente um objetivo na vida. Ele sabe que nunca mais irá consegui o emprego de comissário (não se ele não entrar em forma). Mas está tentando e querendo voltar a estudar.

Então... já que ele quer e já tem um tempo que tem demonstrado isso e corrido atrás, porque não ajudar? Dá uma segunda chance. Resolvi ajudar e comprar os livros que ele precisa. Primeiro para o curso de francês que ele quer fazer.
Francês, você pode está se perguntando, por quê? Ele já tem um conhecimento básico, o que já facilita o aprendizado e aperfeiçoamento. Ainda temos uma COPA e uma Olimpíada, daqui a alguns anos e oportunidades para quem fala mais de um idioma que não seja o inglês é uma chance rara, especialmente se você trabalhar em hotel, restaurante, guia e todo local onde pode ter alguma interação com estrangeiro (museus, clubes, lojas, transporte, etc). E se ele realmente mostrar resultados e esforço, pode até ganhar mais ajuda do restante da família e deixar de ser considerado um fracassado. Quem sabe depois ele pega um pouco de gosto e coragem e encara uma faculdade.

É pouco, concordo. Estou fazendo muito pouco e livros de francês não são assim tão caros. Mas para quem já sustenta a própria casa, com a mãe e um irmão deficiente físico, além de pagar a pensão e sem um emprego estável, a vida não é fácil. Se ele precisa de um empurrão para seguir em frente. Então vou acreditar nele e dá esta 2º chance. Mas já deixei avisado que se não tiver resultados, não terá uma 3º, 4º ou 5º chance. E só vai depender dele, para conseguir estes resultados.

Afinal, todos cometemos erros, mas nem sempre temos uma oportunidade de recomeçar.

P.S.: Este meu primo tem mais de 30 anos nas costas. Dizer que já passou da idade para recomeçar a vida, não é desculpa.


terça-feira, 8 de março de 2011

Feliz Dia das Mulheres


Mulher...

Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher
Que ama incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher que sonha...

Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas todos os dias...

Para você, Mulher tão especial...

Feliz Dia Internacional da Mulher!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Cartas via IYS

Estava mexendo nas caixas, onde estão guardados as minhas coisas e acabei achando algo interessante. Uma pequena pasta com cartas e mais cartas. Na verdade era para ser uma pasta de selos, mas depois de um tempo, fiquei com pena de cortar os envelopes e fui guardando todas as cartas que eu recebia. Foram bem poucas cartas, como a foto abaixo mostra...



Como mencionei anteriormente, na era pré-internet, existiu uma associação Finlandesa, chamada IYS - International Youth Service. Surgido anos depois da segunda guerra mundial e que consentia em amigos por correspondência. Os idiomas da associação eram Inglês, Francês, Espanhol e Alemão. Inglês, pela influência da Inglaterra (o império que o Sol jamais se põe, cuidou muito bem de difundir seu idioma) e EUA. Espanhol, pelo simples fato de quase todo o continente americano falar espanhol. Francês, pela influência cultural que a França teve (além de suas colônias na África e Ásia). E Alemão, pela influência que a Alemanha e Áustria tem sobre a Europa Central e Oriental (vale lembrar que a Europa Central e Oriental eram quase todos territórios destas duas nações no começo do século XX).


Voltemos as cartas. Hoje é raro mandar cartas, não posso negar que as vantagens de mandar um e-mail são muito maiores, além de ser quase instantâneo a entrega da mensagem. Você não precisa esperar um ou dois meses, para receber uma resposta. Nem ficar rezando para o correio não extraviar sua carta. Eu mesmo tenho mais de um e-mail (um do trabalho, um pessoal, um para assuntos de viagens, um dedicado só para algumas pessoas). Mas algo que não vejo mais hoje, é o cuidado e a dedicação ao fazer uma carta. Um e-mail pode até ter aquelas imagens e animações bonitinhas, feita no computador (quando não foram simplesmente copiadas de algum lugar). Enquanto ao reler as várias cartas que eu tinha guardado, fui vendo que as pessoas com quem eu me correspondia, tinha o cuidado de escolher o envelope, além de papel de carta e outros detalhes. Cada carta era única e por isso, tinham todo este cuidado. Claro que isso as minhas amigas mulheres, as dos meus amigos homens, não eram assim tão cuidadosos. Mas ainda assim, davam atenção.



Relendo as cartas, dava para eu ver como mudei, desde as primeiras cartas para minha situação de hoje. Como era divertido e simples as coisas da vida e o que cada um de nós fazíamos. O medo de escrever em um idioma que alguns de nós, estávamos aprendendo e outros a tinham como língua materna. Procurando sempre escrever de forma que fosse compreensivo e interessante para o outro. Lembro de passar horas e horas com um dicionário do lado e um livro de gramática alemã do outro. Medo de errar. Não entender algumas palavras e olhar o dicionário para tentar compreender o significado. Foi uma experiência única na minha vida.

Cartões de natal, de aniversário, cartões postais, cartões telefônicos para colecionar e outras tantas lembranças e presentes (foi assim que comecei a conhecer música polonesa e alemã). Assim como foi via correio, que eu pude comer pela primeira vez um chocolate suíço. Ou a minha primeira correntinha, foi via correio, que ganhei de presente de aniversário. Mandei muito CD de banda e cantores brasileiros, para estas pessoas, bem como outros presentes. Me sinto até com vergonha de ter mandando uma barra de diamante negro, comparado com o tipo de chocolate que eu ganhei. Lembro de quando tentei traduzir um jornal, com notícias do Brasil, para ajudar uma colega em seu trabalho de escola. Além é claro de procurar sempre tirar fotos e enviar cartões postais.
São lembranças que tenho guardado.

Mas como todos crescem e as responsabilidades aumentam (trabalho, estudo, família, etc), acabei perdendo contato com a maioria (na verdade todos). Pois escrever em outro idioma, fazer estas coisinhas cuidadosas e dedicadas, ir no correio, pegar fila e esperar alguns meses de resposta, ocupam um tempo considerável. E acabei deixando de lado. Até trocamos alguns e-mails, mas ainda era o começo da internet (MSN era uma novidade, o sucesso era ICQ). Mas achei alguns e-mails, anotei alguns endereços e perdi um bom tempo, pesquisando no google, facebook e mandando e-mails e até o momento, consegui contato com duas pessoas. E já estamos nos programando de fazer uma visita e voltar a colocar o papo em dia.
Afinal, temos cartas de 1995 até 2003 e são quase 8 anos sem contato. Muita coisa aconteceu. E eu ainda pretendo escrever para os endereços das pessoas que eu não achei e-mail e esperar para que estejam na mesma casa. Sei que alguns não estarão. Outros podem nem está mais vivos (como um amigo do Sri Lanka, que perdi contato devido a guerra civil e depois do Tsunami de 2004 não tive mais notícias). Mas não custa tentar achar e ter notícias. A esperança é a última que morre. E já estou feliz, por ter encontrado alguém e já combinando de visitar.




Pode ser que eu não veja todos agora, mas farei o possível para ver aqueles que eu consegui algum contato. Por enquanto só confirmei com uma amiga da Suíça (uma das mais antigas e a que eu mais tenho cartas). Afinal, os tempos são outros e agora todos temos responsabilidades e sei que não será fácil e nem temos muito tempo livre. Mas já estamos fazendo um esforço para nossas agendas coincidirem e aproveitar o tempo.
Mas ainda tenho que ver se consigo contato com amigos do Sri Lanka, Alemanha, Polônia, França, Luxemburgo, Bélgica, Portugal, Finlândia, EUA e Inglaterra. Pode demorar um, dois, três ou mais anos. Mas se eu ficar parado sem fazer nada, ninguém fará por mim. E ter notícias de pessoas que marcaram sua adolescência (1995 a 2003 - 8 anos de sua vida) é algo que acho que vale a pena. Mesmo que só tenham um ou dois dias livres para passear com você e mantenha contato via e-mail. Mas sempre terá a chance de você visita-los outras vezes, assim como poderão visita-lo no futuro.

Além de ser um ótimo motivo para viajar. =D


P.S.: O endereço que consta nas cartas, não é mais meu endereço. Assim como faz anos que eu não uso a caixa postal que consta em algumas cartas.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Idioma Português, o pequeno notável.

Imagine um idioma, que tinha tudo para sumir do mapa, como foram suas conterrâneas na península ibérica. Quando antes o árabe era o principal idioma da península, o idioma do Reino de Castela, se tornou o mais influente e hoje conhecemos como idioma espanhol. E os demais idiomas, hoje são falados em poucas regiões, como o galego (nordeste da Espanha), catalão (leste da Espanha), basco (norte da Espanha, com fronteira com a França, o único não latino da região) e algumas cidades e vilas que ainda preservam o aragonês (Reino de Aragão), leonês (Reino de Leão) e o asturiano (Reino de Astúrias). Mas o pequeno notável se manteve independente e se afastando de sua irmã mais próxima, o idioma galego (ambos originados do galego-português, posteriormente abordarei este idioma).
E hoje, graça a participação e Portugal na União Europeia e o crescimento do Brasil, como potência regional e com grande crescimento econômico, tem sido um dos idiomas que mais tem surgido interesse em estudar.

É uma das maiores ironias do destino que eu já passei, porque eu sempre odiei estudar o idioma do meu país, era a matéria que eu mais sofria na escola e quase sempre ia para recuperação. E hoje eu cuido de fazer a revisão da tradução de alguns texto do grupo fanservice. Além de ter que redigir, textos formais e técnicos que tenho todo santo dia no trabalho (não posso escrever de forma informal para um gerente).
Mas voltamos a fatos históricos, explicando a expansão deste idioma, que é meu idioma materno.



Nos séculos XIV e XV, os navegadores portugueses faziam viagens para a costa africana em busca de recursos minerais, vegetais e outras riquezas, Porém, foi nos séculos XV e XVI que os portugueses obtiveram grande sucesso nos empreendimentos marítimos. Descobriram e conquistaram vários territórios na África, Ásia e América do Sul.

No final do século XV, a atividade que mais proporcionava lucros era o comércio de especiarias asiáticas. Seda, jóias e temperos (pimenta, noz-moscada, açafrão, gengibre, canela, etc) eram muito procurados pelos europeus. Estas especiarias vinham do Oriente, principalmente da Índia e da China. Quem comandava este lucrativo comércio eram os genoveses e venezianos. Para tanto, dominavam a usavam a rota do Mar Mediterrâneo.

Os portugueses buscaram uma nova rota para comprar as especiarias diretamente dos asiáticos. Em 1498, comandando uma esquadra de caravelas, o navegador Vasco da Gama chegou as Índias, contornando o continente africano. A partir deste momento, os comerciantes portugueses passaram a comercializar as especiarias na Europa, obtendo altos lucros. Com este comércio, Portugal tornou-se uma das potências econômicas da época. Além de fundar diversas colônias.
Quem está acostumado com o mapa do Brasil, percebe que os portugueses em diversos momentos da história, não respeitaram este tratado. Nem mesmo os primeiros brasileiros que aos poucos, utilizavam os rios e iam explorando o novo continente e aumentando o território da colônia.

E em acordo com a Espanha, que descobriu um novo continente, dividiram o mundo em dois. O lado espanhol e o lado português, o famoso Tradado de Tordesilhas. Mesmo durante a unificação ibérica (1580-1640), quando o trono português passou para as mãos espanholas, os brasileiros aproveitaram para expandir suas fronteiras em pleno território espanhol.

Mas com o passar dos anos, outras nações se aventuraram além mar e foram ocupando territórios e fundando suas colônias, diminuindo a influência portuguesa e de suas colônias. Holanda, Inglaterra e a França, foram aos poucos expandindo suas influências, quando não atacavam as colônias tanto portuguesas como espanholas. E com a invasão de Napoleão e a transferência da corte portuguesa, para o Brasil, criou um fato único, da colônia se tornar metrópole e sede de um império.

Com o tempo, estas colônias foram ganhando independência e hoje as nações de idioma lusitano seguem no mapa abaixo, com suas populações estimadas.

O idioma português tem crescido em número de falantes, não só por língua materna, mas como segunda língua em grande parte pelo crescimento econômico do Brasil e de Portugal, assim como pela estabilidade atual e o crescimento de Angola e Moçambique.
Nações como Cabe Verde, São Tomé e Príncipe e na Guiné-Bissau, embora o português seja o idioma oficial, ensinado nas escolas, utilizada em publicações de livros e jornais, o idioma nativo, denominado crioulo (em Guiné-Bissau), angolar e dialetos crioulos (São Tomé e Príncipe) e o cabo-verdiana (em Cabo Verde), são as línguas faladas pela maioria da população. Mas tem aumentado o número de falantes destes idiomas.
Mas na Ásia, tem diminuído consideravelmente. Cidades como Goa, Damão e Diu, na Índia e Macau na China, ao voltarem o controle a suas respectivas nações, o uso do idioma lusitano, que já não era tão difundido, acabou sendo apagado da história.
Timor Leste, tem sido o último enclave do idioma luso. Desde que deixou de ser colônia portuguesa e foi invadida pela Indonésia, o povo adotou a religião e o idioma como bandeira de independência. E hoje, depois de muito sangue derramado e restaurado a independência, adotou o português, junto com o tetum (idioma local), como idiomas oficiais do país e os acordos com o Brasil e Portugal tem ajudado a difundir o idioma entre a população.

Agora só o futuro dirá onde o nosso tão adorado (e muitas vezes odiado) idioma português irá chegar. Tudo depende da produção cultural (literatura, música, filmes, etc), para difundir e propagar o interesse pelo idioma para outros povos e nações.
O idioma português, não é nem de perto, um dos idiomas mais fáceis de aprender, pois muitas de suas regras gramaticais, são originadas do latim e só sabendo o latim para entender algumas delas. Assim como tem um ditado famoso no meu tempo de escola, referente ao ensino do português.
Toda regra tem exceção.
E isso é ainda mais válido no idioma português, que todas as regras gramaticais, tem alguma exceção.

Mês que vem, vejo um novo idioma para falar de sua história.

referência: http://www.suapesquisa.com/pesquisa/navegacoes_portuguesas.htm - 02/03/2011
livro ein Streifzug durch die Sprachen der Erde.